Pesquisadores querem criar jogos que possam retardar o envelhecimento.
O uso moderado de videogames pode virar uma recomendação médica para os idosos. Um estudo publicado na revista científica Nature revela os benefícios dos jogos eletrônicos no cérebro.
"Tenho 63 anos e às vezes esqueço coisas". A queixa de uma senhora é a mesma de muita gente. Com o passar do tempo, a memória e a atenção começam a falhar. E isso foi comprovado por cientistas da Universidade da Califórnia que compararam as habilidades de jovens e de pessoas mais velhas.
A boa notícia da pesquisa é que esse processo natural pode ser contido. E o videogame dos netinhos, quem diria, talvez seja um belo remédio para o cérebro.
Durante um mês, três horas por semana, um grupo de idosos de 60 a 85 anos guiou um carrinho, fazendo curvas, subindo e descendo ladeiras. Com uma tarefa extra: apertar um botão do controle assim que alguns sinais de trânsito apareciam na tela. Quando voltaram ao laboratório, os resultados foram surpreendentes.
A atenção e a memória de curto prazo também melhoraram entre os idosos que jogaram videogame. E o mais impressionante: seis meses depois que eles pararam de jogar, essas habilidades foram mantidas. Quer dizer então que, em vez de remédios para a memória, os mais velhos deveriam comprar um videogame?
"Ainda precisamos descobrir o que funciona e o que não funciona", diz o cientista. "Esse jogo é só um experimento. E como tudo na vida, os jogos podem ter efeitos positivos e negativos. Por exemplo, alguém que não sai de casa porque não quer parar de jogar".
Depois que os idosos deram conta do recado, o desafio agora é do pesquisador de cabelos brancos: criar jogos que possam estimular o cérebro e retardar o envelhecimento.
Fonte: Bom Dia Brasil http://goo.gl/7UI7Mt
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