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Ataque virtual da última sexta-feira foi amplificado graças ao uso de versões do Windows, em especial o XP, que deixaram de receber updates de segurança
Gramado – O ataque hacker iniciado na última sexta-feira ainda ressoa no mundo. Explorando uma vulnerabilidade do Windows, o vírus WannaCry bloqueou acesso a computadores em grande parte do mundo. Ele exigia um resgate, a ser pago por meio da moeda virtual bitcoin, de 300 dólares.
A vulnerabilidade já havia sido corrigida pela Microsoft em uma atualização disponibilizada para download em março deste ano. É desnecessário dizer que nem todos realizaram atualizações em seus sistemas Windows.
Mas o problema vai além dos maus hábitos de atualização de segurança praticados por divisões de TI ao redor do mundo. A atualização havia sido liberada apenas para as versões do Windows que ainda contam com suporte por parte da Microsoft.
Windows XP, Windows 8 e Windows Server 2003 não figuram mais na lista de versões que recebem atualizações com frequência. O caráter extraordinário da situação, no entanto, fez com que a Microsoft preparasse a atualização de segurança também para estas três versões.
“Estamos tomando o passo muito pouco usual de prover um update de segurança para proteger todas as plataformas Windows”, escreveu a Microsoft em um comunicado.
De acordo com a empresa, usuários do Windows 10, a versão mais recente do sistema operacional, não foram foco dos ataques. Mas as proporções que o cenário atingiu mostram que o uso de versões antigas do Windows é maior do que era de se esperar.
O site da Net Applications mostra que, apesar de bastante antigo, o Windows XP é o terceiro sistema operacional mais usado ao redor do mundo em computadores e notebooks, com 7,04% da fatia de mercado. O sistema foi lançado em outubro de 2001. Um cálculo feito pelo site Business Insider estima que existam 140 milhões de PCs rodando o Windows XP ao redor do mundo.
Uma análise publicada pela empresa de segurança digital Kaspersky, em abril do ano passado, mostrava que caixas eletrônicos são extremamente vulneráveis a ataques hackers. A maioria deles usa como sistema operacional o Windows XP.
A NHS, órgão de saúde do Reino Unido e um dos mais afetados pelo ciberataque de sexta-feira, usa o Windows XP em 90% de seus computadores.